Acho que esta coisa de ter um blog não condiz nada com a minha vida. Ou melhor tem tudo a ver, mas só vem complicá-la.
Não é que agora dou por mim a pensar nisto? A pensar que preciso de tempo para lhe dedicar. Coisa que não tenho em abundância. A tal corrida apressada da vida. A necessidade de viver tudo e ver o tempo a fugir.
Pois é, agora tenho um blog. Em vez de escrever textos para o meu vasto arquivo, vou escrever aqui o que entender que pode algum interesse para quem me visite.
Hoje andei preocupada com o teor dos últimos textos. É muito futebol na curta vida do meu blog.
Fiquei preocupada a pensar que depois não faz sentido pegar em algum dos meus poemas e colocá-lo aqui.
Combina mal : futebol e poesia. É como preto e castanho. Não casam.
Mas, se pensar bem, combina comigo. Gosto de tudo o que me faz sentir que estou viva.
Gosto de escrever pelo lado lúdico de brincar com palavras e colocá-las no texto, como se fizesse um puzzle. Preciso de escrever para pôr em pensamentos coisas que sinto, muitas vezes em demasia.
Gostei deste ambiente de futebol por todo o tipo de emoção que lhe esteve associada. O patriotismo a uma escala desconhecida. A postura, a atitude dos outros povos. O convívio. A festa.
E escrevi dois posts sobre futebol.
Mas nada me impede de amanhã colocar um poema.
Claro que tenho que pedir desculpa a um amigo, o Clark Kent, que torceu o nariz quando lhe disse que ia pôr aqui uns poemas. Se calhar esse nunca mais me vem visitar. Mas eu aceito que ele não goste de poesia, ele tem que compreender que eu gosto.