sexta-feira, julho 30, 2004

Poesia


A poesia esconde-se
Quando vê números
Quando houve barulho
Quando vê pessoas cinza
Esconde-se cá dentro
No abrigo incerto
Que eu sou também

Apesar de tudo
A certeza que tem
É que este abrigo
Mesmo sendo incerto
Está sempre pronto a acolhê-la

E a deixá-la sair quando quiser



Foto de Rui Vale Sousa