Um lugar para brincar com palavras e ideias. Para partilhar. Para nunca esquecermos quem somos. O que sentimos. Para minimizar a mágoa de não podermos estar em vários sítios ao mesmo tempo. A corrida apressada da vida. A impossibilidade de conhecer tudo o que existe. A saudade já.
segunda-feira, julho 19, 2004
Coincidências?
De há uns tempos para cá deixei de acreditar em coincidências. Várias situações ao longo da minha vida me fizeram acreditar que o mundo dá voltas e mais voltas, mas sabe exactamente onde nos colocar. Há coisas que acontecem e no momento não têm siginificado nenhum, mas muito tempo mais tarde, juntas com outras, fazem-nos entender que nada é aleatório.
Tive há pouco tempo uma prova enorme desse facto. A sua dimensão foi tal que nem gosto, nem quero falar nisso. Mas ainda bem que o mundo me colocou no sitio certo. Ainda bem que eu soube ouvir.
Agora ando atenta não sei bem a quê.
Sei que há uns anos atrás quando tive que escolher um pseudónimo para navegar na internet escolhi Monalisa. Agora já nem sei muito bem porque o escolhi. Mas esse nome ficou e pensei mudá-lo várias vezes, mas não me ocorre mais nada. Embora fisicamente nada tenha a ver com a imagem, há qualquer coisa que bate certo.
Já cheguei a pensar se não será o facto de ser canhota como Da Vinci e os canhotos me causarem simpatia. Escrevia ao contrário e quantas vezes me apeteceu fazer o mesmo: para um canhoto é dificil escrever da esquerda para a direita, sujamos o dedo todo e vai contra a nossa natureza. Depois há a vantagem de ninguém mais conseguir ler.
Ontem um estranho perguntou-me o porquê do nick. Falei-lhe na eternidade. Parece que não gostou. Deveria ter-lhe dito algo ainda mais banal : é o sorriso. Mas não é nada disso. Nem eu sei.
Sei que estes dias me sinto empurrada para algo e estou à espera.
Para completar o enigma oferecem-me o Código Da Vinci e lá dou por mim novamente envolvida com Leonardo e os rituais antigos.
Também me perguntaram acerca da Rosa Cruz.
Eu sei essas coisas todas, de uma forma desorganziada na minha cabeça. Neste momento juntam-se e parece que me querem levar a algum lado. Até uns poemas que eu fiz no passado falam disso e eu nem sequer estava a pensar no assunto quando os escrevi.
Coincidências? Também eu procuro a verdade. À minha maneira. Sozinha.