segunda-feira, agosto 30, 2004

Alheamento

Rotina diariamente mecânica
No multibanco distraída automática
Pensamentos subconscientes
Como sonhos

Aparece uma ideia que marca
Que carrega com dedo forte
No peito a respirar alheado

Vais ter que passar isto sozinha
Ninguém pode pegar no teu coração
E viver por ti estes dias
Até que o tempo desfaça todos os nós

A vontade de chorar absurdamente
Sem objectivo nem motivo
Não passa porque saíste de casa
E toda a gente te olha
E te fala

O dia a dia não apaga nada
Distrai simplesmente
Mas no meio dos sonhos
Do errar perdido dos pensamentos
Todas as desilusões estão presentes

E também o medo do que vem ainda.