Sentei-me à janela num banco de namorados
Em frente a mim um lugar vazio.
Olhei o circulo sem fim dos desencontros.
Sabes que não temo as auto-estradas
mas receio os caminhos sem volta
ao centro de mim.
Ás vezes o sorriso esconde
avalanches de lágrimas
a deslizarem por encostas
de pensamentos tristes.
Talvez nunca as vejas.
Serás capaz de as sentir
no arrepio das tuas costas?
Olho o horizonte.
Dizem que a terra gira.
Não vejo.
Foto de M.