segunda-feira, janeiro 03, 2005

Horizontes


Sentei-me à janela num banco de namorados
Em frente a mim um lugar vazio.

Olhei o circulo sem fim dos desencontros.

Sabes que não temo as auto-estradas
mas receio os caminhos sem volta
ao centro de mim.

Ás vezes o sorriso esconde
avalanches de lágrimas
a deslizarem por encostas
de pensamentos tristes.

Talvez nunca as vejas.
Serás capaz de as sentir
no arrepio das tuas costas?

Olho o horizonte.
Dizem que a terra gira.
Não vejo.



Foto de M.