sábado, outubro 02, 2004

Espiral


Sem senso nem certeza
Os minutos gotejam lentamente
Tiquetacam ritmados
Na sala semi – escurecida
E o pensamento em espiral
Gira estendendo-se
E recolhendo-se flutuando
E não se fazem perguntas
Porque não se querem respostas
Só o tempo deslizando
Encaminhando
Sem pressa nem vertigem
O que tiver que ser
E se não for não seja
O minuto agora pode valer
Por todos os séculos.



Foto de Rui Vale de Sousa